3º Emflor Inicia Homenageando Doroti Schwade

Originalmente Publicado por UFAM
Dia 29 de novembro de 2012

Lançamento do livro “Ethos da Floresta” e homenagem à Doroti Schwade dão a tônica à abertura do evento.

Articular a produção científica ao conhecimento tradicional, bem como aproximar integrantes de movimentos sociais, indigenistas e feministas da academia. Quem pensa a Antropologia, garante que estes são grandes desafios a serem interpostos.

Para discutir, avaliar e propor novas fórmulas visando à valorização e inserção grupos de forma mais efetiva na sociedade, a UFAM deu início, ontem (28), ao 3º Encontro de Estudos de Mulheres da Floresta, o Emflor. A abertura aconteceu às 19h, no auditório rio Amazonas, na Faculdade de Estudos Sociais (FES).

Na abertura das atividades, o reitor em exercício, Hedinaldo Lima afirmou que discutir políticas para o progresso nas relações sociais, denota a observância de novos moldes. “Estamos a cada dia presenciando avanços indiscutíveis de espaços conquistados por grupos até então segregados e o acolhimento dessa nova tendência”, analisou.

O professor exemplificou sua afirmativa apontando à mesa do evento, a vereadora recém-eleita de Amaturá, Cláudia Tikuna, acompanhada de representantes da Associação das Mulheres Indígenas Sateré-Mawé, Sônia Vilaça e Fabiana Duarte, do Fórum Permanente das Mulheres de Manaus.

Na oportunidade, foi lançada a obra “Ethos da Floresta”, de autoria da coordenadora do Emflor, professora doutora em Ciências Sociais, Iraildes Caldas Torres e realizada uma homenagem à indigenista Doroti Schwade.

O livro “Ethos da Floresta” retrata experiências das mulheres das comunidades Nossa Senhora de Aparecida da Costa do Juçara, Divino Espírito Santo do Izidoro e Nossa Senhora de Nazaré do Barro Alto, na zona rural do município de Coari.

Como ocorre desde o ano passado, o Emflor homenageia, em suas edições, uma personalidade envolvida em causas sociais. A reitora da universidade, professora doutora Márcia Perales, foi a primeira a ser homenageada por ser a primeira mulher a gerir a UFAM, uma instituição centenária.

Este ano, o nome escolhido foi o da indigenista Doroti Schwade, voluntária da Operação Anchieta (hoje, Amazônia Nativa) e integrante do Conselho Indigenista Missionário, responsáveis pelo levantamento dos povos indígenas na Amazônia Ocidental, Acre e sul do Amazonas.

Quatro dos cinco filhos de Doroti e o companheiro dela, Egydio Schwade, receberam uma placa de reconhecimento e assistiram a um vídeo que contava a história dela, desde a década de 1970, quando saiu de Blumenau (SC) e resolveu se voluntariar.

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