Turma do Curso de Agroecologia da UEA de Itacoatiara faz Visita Técnica à Casa da Cultura do Urubuí



A carreira de agroecologia é ainda nova no Brasil. No estado do Amazonas duas instituições de ensino superior – Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM) – já oferecem cursos de graduação nesta área. Nos dias 15 e 16 de maio de 2012 tivemos a alegria de receber a turma de Agroecologia do campos de Itacoatiara da UEA para uma visita técnica que teve como propósito discutir experiências de agricultura amazônica.

Embora a carreira de agroecologia ainda seja pouco conhecida, é talvez a mais importante no contexto Amazônico dentro do universo dos cursos de Ciências Agrarias. Primeiro porque assume o papel de conciliar o conhecimento científico com o conhecimento dos povos amazônico. Segundo porque assume o desafio de desmistificar a pseudociência que muitas vezes se verifica na academia quando esta procede a um simples copiar de técnicas de agricultura de outras regiões e aplicar na forma de receita pronta, sem uma mínima contextualização ao ambiente social e ecológico regional, acarretando sérios danos ambientais.

Com isso, abre-se a possibilidade de uma reconciliação dos caminhos que levam a satisfação humana e a manutenção do ambiente. Caminhos estes que só podem existir efetivamente quando juntos, já que falar em desenvolvimento sem pensar nas questões ambientais é espalhar uma ilusão, uma vez que não pode haver bem estar humano sem conforto ambiental. Cuidar do ambiente é cuidar das pessoas.

Por tudo isso nós, participantes da Casa da Cultura do Urubuí (CACUÍ), a partir de esperiências concretas, temos apoiado os debates em torno da agroecologia e recebido grupos como este da UEA-Itacoatiara, num constante intercâmbio em busca de reforçar e aprofundar os conhecimentos que retomem o caminho da sustentabilidade iniciado pelos povos Indígenas.



Casa da Cultura do Urubuí, 17 de maio de 2012.
Por Maurício Adu Schwade.

Comentários

  1. Não teho dúvidas de que tod@s nós que passamos por lá fomos transformados. A experiência da sua grande família (nessa, adiciono os índios, sempre tão presentes nas conversas) muito tem a contribuir pra essa desmistificação de receitas e padrões que só nos afastam cada vez mais do natural, da colaboração com a natureza para obtermos os seus serviços. Gratidão a família Schwade e tod@s os que tornaram esse momento possível!

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