Março Intenso
Coincidência ou não, após a publicação do texto Governo Leviano e Justiça Cega Criam Conflitos no Campo (09/03/2012), escrito pelo Egydio Schwade (76), meu pai, duas audiências foram marcadas para a última sexta-feira (23/03/2012) para tratar de processos envolvendo ele, seguidas da ameaça de abertura de uma investigação policial sobre ele.
No texto, ele escreveu que foi retirado pelo braço pelo próprio Juiz Roger Paes de Almeida, da sala onde se encontravam reunidos, enquanto contestava a decisão do Juiz que mandava destruir casas de moradores da Comunidade Terra Santa. Ele também denuncia que a atuação do Governo do Estado do Amazonas é de cumplicidade com a grilagem de terras públicas, causando a angústia de mais de 2000 famílias somente no município de Presidente Figueiredo.
Mostrando-se surpresa com o fato de terem sido marcadas as duas audiências para um mesmo dia, espontaneamente, a própria juíza que mediaria as duas audiências pediu desculpas pelo ocorrido e disse que isso fere o estatuto do idoso. Por esse motivo, somente uma das audiências ocorreu, a outra será remanejada para nova data.
A audiência que foi mantida teve como pano de fundo uma série de texto onde o Egydio descreve as estratégias usadas para encobrir os assassinos dos Waimiri-Atroari, uma crítica política muito bem fundamentada que tem o objetivo de incluir a questão indígena na Comissão da Verdade que deve tratar dos crimes cometidos durante a Ditadura Militar. “Uma das estratégias do governo, em tempo de Ditadura Militar e de Nova República, para ocultar os assassinos dos Waimiri-Atroari é manter em locais estratégicos pessoas que saibam manter ante a opinião pública a aparência da política que está no poder”.
No dia 28, o Egydio foi até a Polícia Civil verificar o boato da investigação e, pelo menos até aquele momento, nada se confirmou.
Ao relatarmos o caso para amigos de organizações apoiadoras das causas populares, muitos se solidarizaram e foram até o fórum de justiça observar o que acontecia naquela sexta-feira (23/03/2012), entre eles tivemos companheiros do CIMI, CPT, Paróquia dos Santos Mártiries e da assessoria do Deputado Estadual José Ricardo.
No texto, ele escreveu que foi retirado pelo braço pelo próprio Juiz Roger Paes de Almeida, da sala onde se encontravam reunidos, enquanto contestava a decisão do Juiz que mandava destruir casas de moradores da Comunidade Terra Santa. Ele também denuncia que a atuação do Governo do Estado do Amazonas é de cumplicidade com a grilagem de terras públicas, causando a angústia de mais de 2000 famílias somente no município de Presidente Figueiredo.
Mostrando-se surpresa com o fato de terem sido marcadas as duas audiências para um mesmo dia, espontaneamente, a própria juíza que mediaria as duas audiências pediu desculpas pelo ocorrido e disse que isso fere o estatuto do idoso. Por esse motivo, somente uma das audiências ocorreu, a outra será remanejada para nova data.
A audiência que foi mantida teve como pano de fundo uma série de texto onde o Egydio descreve as estratégias usadas para encobrir os assassinos dos Waimiri-Atroari, uma crítica política muito bem fundamentada que tem o objetivo de incluir a questão indígena na Comissão da Verdade que deve tratar dos crimes cometidos durante a Ditadura Militar. “Uma das estratégias do governo, em tempo de Ditadura Militar e de Nova República, para ocultar os assassinos dos Waimiri-Atroari é manter em locais estratégicos pessoas que saibam manter ante a opinião pública a aparência da política que está no poder”.
No dia 28, o Egydio foi até a Polícia Civil verificar o boato da investigação e, pelo menos até aquele momento, nada se confirmou.
Ao relatarmos o caso para amigos de organizações apoiadoras das causas populares, muitos se solidarizaram e foram até o fórum de justiça observar o que acontecia naquela sexta-feira (23/03/2012), entre eles tivemos companheiros do CIMI, CPT, Paróquia dos Santos Mártiries e da assessoria do Deputado Estadual José Ricardo.
Bem, a luta pela verdade e contra a grilagem de terras no Amazonas continua.
Casa da Cultura do Urubuí, 29 de fevereiro de 2012.
Tiago Maiká Müller Schwade
Atrasei um pouco a publicação deste texto, porque em Figueiredo é difícil o acesso a internet (embora o cabo de fibra óptica da OI passe em frente a minha casa).
ResponderExcluirApoiamos a abertura dos arquivos sobre os assasinatos dos Waimiri-Atroari e a apuração desses fatos pela Comissão da Verdade.
ResponderExcluirMaiká, enviei um email para voce atraves do yahoo, sou ativista de são paulo e posso ajudar bastante. Conheço a historia dos waimiri desde 2000 quando passei ai visitando minha familia de manaus. leia o email e vamos conversar!
ResponderExcluirTaka
taka,por favor me inclua e vamos conversar!
Excluirmcamargoneves@bol.com.br
Somente para atualizar, a notícia que chegou como boato está confirmada. A Polícia Civil está sim investigando o caso e já pegou o depoimento do Egydio sobre o ocorrido.
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