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Mostrando postagens de abril, 2012

Balbina no País da Impunidade (1989)

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[Originamente Publicado por Rogelio Casado , sob o título: "Balbina no País da Impunidade" - vídeo de luta contra barragens. Para Telma Monteiro e Elaíze Farias ] Em toda a Amazônia estão previstas a criação de 150 hidrelétricas, das quais 60 delas na Amazônia brasileira. A hidrelétrica de Balbina, concebida e construída na ditadura militar (1964-1985) no rio Uatumã (Amazonas), passou a funcionar a partir de 1989, Um bilhão de dólares do dinheiro do contribuinte foi usado para destruir 240 mil hectares de floresta, afogar animais silvestres, alagar terras indígenas e provocar fome e doença entre os ribeirinhos da região. Em troca dessa catástrofe, apenas insignificantes 80 megawatts firmes para Manaus. Passados todos estes anos, o modelo energético brasileiro não sofreu nenhuma revisão em todos os governos após a redemocratização do Brasil. O físico José Goldemberg, em depoimento, recomendou que Balbina fosse desativada e mantida como um monumento à insa

Novos Ayres pós Peluso

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Mudanças na presidência do Supremo Tribunal Federal são sempre momentos de expectativa e esperança. Para os povos indígenas tem sido assim. Pois muitas das terras indígenas tem seu processo de demarcação paralisada por ações que estão no Supremo. E não são poucas. São dezenas, cuja conseqüência é muito sofrimento, conflitos e mortes. É o caso dos Pataxó Hã-hã-hãe, que tem uma ação para ser julgada pelo Supremo a 28 anos. É tempo demais para quem está invadido a séculos. Aos valorosos indígenas desse povo não resta outra perspectiva a não ser irem reocupando o território que há décadas está demarcado e continua invadido. Essa é a razão por que retomaram dezenas de fazendas, recentemente, estando no momento de posse de quase todo seu território de 54 mil hectares. Os Kaiowá Guarani de Nhanderu Marangatu, estiveram diversas vezes com o ministro Cesar Peluso quando este era o relator da ação que suspendeu os efeitos da homologação daquela terra indígena de 9.300 ha, no município de Anton

Câmara Federal irá apurar desaparecimento de indígenas waimiri-atroari durante ditadura militar

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[A inclusão na Comissão da Verdade dos massacres ocorridos contra os Waimiri-Atroari é uma vitória histórica contra os crimes cometidos pela Ditadura Militar. A Casa da Cultura do Urubuí continuará a contribuir com as investigações fornecendo documentos históricos que comprovam esses massacres.] Matéria publicada no Jornal Acrítica Por Elaize Farias O desaparecimento dos indígenas nos anos 70 teria causado um impacto significativo na população dos waimiri-atroari. A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal instaurou procedimento para apurar os casos de desaparecimento de indígenas da etnia waimiri-atroari, no Amazonas, nos anos 70. A abertura do inquérito para investigar os desaparecimentos foi requerida na noite desta quinta-feira (12). A denúncia dos supostos massacres dos indígenas naquela década foi feita pelo indigenista e ex-missionário Egydio Schwade, e m matéria publicada no último domingo (08), no jornal A CRÍTICA e no portal acritica.com . Egyd

Estratégias de Ocultação da História dos Kiña (Waimiri-Atroari)

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2000 Waimiri-Atroari Desaparecidos Durante a Ditadura Militar – Texto 6 Este é o 6º artigo da série que publico no blog da Casa da Cultura do Urubuí, a propósito da criação da Comissão da Verdade que procura desvendar os crimes ainda ocultos cometidos pela Ditadura Militar contra a população brasileira, denunciando os crimes cometidos contra os povos indígenas. Aqui trato, em especial, da estratégia do Governo usada no massacre do povo Kiña, ou Waimiri-Atroari, a partir de 1967, quando começou a construção da BR-174 e posteriormente para ocultar o crime. Imprensa Nacional / Operação Atroaris Entre 1967 e 1977 o interesse do governo foi a construção da BR-174. Os índios tinham que ser retirados de qualquer jeito do roteiro dessa estrada e da mineração. O presidente da FUNAI, General Oscar Jerônimo Bandeira de Mello, “referindo-se às diretrizes da Funai para 1972, voltou a ressaltar que o Índio não pode deter o desenvolvimento” ( Y Juca Pirama ). E o Coronel Arruda, comandante do 6º.

Polícia Federal ouve missionário que queimou título de eleitor no Amazonas

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[Texto publicado no Jornal Acrítica de 06 de Abril de 2012] Por ROSIENE CARVALHO Sem advogados e numa tarde de dedetização na Superintendência da Polícia Federal (PF), o missionário Egydio Schwade, 76 anos, compareceu ao local para prestar esclarecimento. Egydio protagonizou, há 16 anos, ato de coragem ao queimar em praça pública o título de eleitor em protesto à omissão do Poder Judiciário diante da fraude no eleitorado do município de Presidente Figueiredo. O problema ainda é uma realidade no interior do Estado, constatado em correições da Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM): eleitores sem ligação com os municípios transferem título e desestabilizam a eleição, fraudando o resultado do pleito. Mas, em 1996, a fraude em Presidente Figueiredo era gritante. Naquele ano, o número de eleitores na cidade era maior do que o da população. Enquanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrava 9.842 habitantes, o TRE-AM permitiu que o n