Postagens

Mostrando postagens de abril, 2013

MPF quer que Funai Revise Limites da Terra Indígena Waimiri-Atroari

O texto transcrito abaixo foi originalmente publicado pelo Ministério PúblicoFederal do Amazonas e demonstra um positivo interesse na revisão dos limites da Terra Indígena Waimiri-Atroari.  Esperamos que a revisão também leve em consideração a invasão que a terra indígena sofreu em 1979 pela Paranapanema. A invasão do território indígena pela mineradora fomentou a reformulação dos limites da terra indígena pelo último governo da ditadura, Presidente Figueiredo, que, em 1981, desmembrou toda a parte leste da terra indígena em favor da empresa. Eis o texto: Ação tem pedido de liminar para que Funai realize imediatamente estudos de revisão da terra indígena e que o processo demarcatório seja concluído em até dois anos O Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) entrou com ação civil pública na Justiça Federal, com pedido de liminar, para que a União e a Fundação Nacional do Índio (Funai) providenciem imediatamente a realização de estudos de revisão dos limites da Terra Ind

Biblioteca da Casa da Cultura do Urubuí

Imagem
Primeira biblioteca aberta ao público no município de Presidente Figueiredo, a biblioteca da Casa da Cultura do Urubuí – CACUÍ – está sendo reorganizada. Até o ano de 1992 a população do município não contava com nenhuma biblioteca aberta ao público. Naquele ano foi concluída a construção da CACUÍ e a família Schwade, a partir de seu acervo pessoal e de doação de amigos, começou a montar e abril ao público uma pequena biblioteca. A ideia inicial era disponibilizar material que colaborasse para o entendimento e a reflexões de temas relevantes ao município como a questão indígena, meio ambiente, agroecologia e movimentos populares na Amazônia. Porém, como os estudantes das escolas de ensino médio e fundamental do município não tinham material para suas pesquisas escolares e eram os que mais careciam e consultavam a biblioteca, optou-se por montar um acervo mais de livros didáticos. Com a política do governo federal de investimentos em bibliotecas nas escolas públicas que ac

Abril Indígena 2013: Nota Pública das Lideranças Indígenas

Imagem
Desde que assumiu a presidência, em 2011, Dilma Rousseff tem se negado a dialogar com o movimento indígena. Durante esta semana, em mobilizações legítimas de nossos povos reunidos no Abril Indígena – 2013, fomos recebidos pelos presidentes da Câmara dos Deputados (Legislativo) e do STF (Judiciário). A presidenta Dilma se negou a falar conosco ou marcar audiência para os próximos dias. Por quê? Nesta quinta-feira, 18 de abril, estivemos no Palácio do Planalto. Protestamos porque nossos parentes estão sendo assassinados, porque nossas terras não são demarcadas. Pedimos uma audiência com Dilma, mas o máximo que nos ofereceram foi uma conversa com o ministro Gilberto Carvalho e um encontro com os demais ministros nesta sexta-feira, 19 de abril, Dia do Índio, para o governo ter a foto para suas propagandas de que é preocupado com as questões dos índios. Não, não queremos mais falar com quem não resolve nada! Há dois anos entregamos, nós povos indígenas, durante o Acampamento Terr

Abril Indígena 2013: Declaração da Mobilização Indígena Nacional

Imagem
A Casa da Cultura do Urubuí, se solidariza com a esperança dos povos indígenas reunidos em Brasília na na busca por assegurar os direitos instituídos pela Constituição Federal de 1988 e que tem sido profundamente ameaçados por recentes mobilizações de representantes do Agronegócio, Empreiteiras e do próprio governo federal, conforme declaraçao transcrita a baixo. Declaração da Mobilização Indígena Nacional 600 lideranças reunidas em Brasília Foto: Renato Santana (CIMI) Nós, mais de 600 representantes de 73 povos e várias organizações indígenas de todas as regiões do Brasil, reunidos em Brasília –DF, no período de 15 a 19 de abril de 2013, considerando o grave quadro de ameaças de regressão a que estão submetidos os nossos direitos assegurados pela Constituição Federal e tratados internacionais como a Convenção 169 de Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Declaração da ONU sobre os direitos dos povos indígenas, nos declaramos mobilizados em defesa desses direitos, p

Agronegócio uma Burrice Insustentável

Imagem
Há muito estou intrigado com os altos investimentos do Governo ao agronegócio através do Ministério da Agricultura. Pois em primeiro lugar nem agricultura é. Quem se dedica ao agronegócio não se dedica necessariamente a fazer ciência na terra, ou seja, agricultura. Apenas obedece a um programa pré-fabricado nos laboratórios urbanos.  O agronegócio ao se instalar destrói a biodiversidade, fonte da ciência, para produzir em seu lugar o que interessa apenas a quem quer fazer negócio para alimentar de dinheiro os seus mandantes, o mercado como fim em si mesmo e o Estado, ficções criadas pelo homem que não comem nem riem, não sofrem e nem choram. Pouco lhes importa trabalhar com o equilíbrio dinâmico da natureza para o futuro da humanidade.  Quando vim fixar residência com a família aqui nas margens da BR-174 comprei um pedacinho de terra que fizera parte de um agronegócio. Aproximadamente 16% de um hectare, mais precisamente, de um campo de gado desapropriado pela Prefeitur

[Abril Indígena] Amazônia Resiste

Imagem
Por Egon Dionísio Heck (CIMI) Originalmente Publicado em Adital Triste e infeliz a pátria que não sabe acolher seus filhos, acariciar sua rica natureza e biodiversidade, se deleitar em suas águas abundantes, ainda limpas em grade parte, conviver harmonicamente com os animais, se deliciar com suas frutas saborosas, com seu ar puro. A Amazônia dos amazonidas continua seriamente ameaçada, violentamente agredida, absurdamente negada a seus povos. A lógica da moto serra, das grandes madeireiras internacionais, das companhias mineradoras, das mega hidrelétricas, que destoem e avançam sem dó nem piedade. A civilização do boi e da soja se alastram como ervas daninhas, tombando as florestas devorando corações e mentes. A mentira do progresso impera e ilude. Comitê da Verdade e resistência do Amazonas Fiquei muito feliz ao voltar a Manaus e Presidente Figueiredo e sentir um enfrentamento com os grandes interesses saqueadores das riquezas da região, na "articulação d

A Ditadura não é Coisa do Passado, aponta Comitê da Verdade do Amazonas

Imagem
Mesa Redonda "O Golpe de 64 e as ações dos militares na Amazônia" Foto: Maiká Schwade Por J.Rosha (CIMI de Manaus). Costumamos ouvir que o povo brasileiro não tem memória. Pode até ser que algumas situações requeiram esforço considerável para recordar determinados eventos. Outros, porém, pelas profundas marcas que deixam, não são facilmente esquecidos. Há quem tenha tentado fazer esquecer a ditadura militar de 50 anos atrás, mas por causa das muitas sequelas que ela deixou está longe de ser “coisa do passado”. Ela ainda é muito presente por, pelo menos, duas situações: pelo grande número de mortos e desaparecidos, e pela inspiração do modelo desenvolvimentista que faz o governo atual repetir fórmulas autoritárias para tratar como certos segmentos da sociedade, sobretudo com os povos indígenas. A ação do Governo Federal contra o povo indígena Munduruku, da região do Tapajós, no Estado do Pará, é um dos casos mais eloquentes da presença desse ‘espírito’ da ditadu

A Cobrança Anunciada da Presidenta Dilma à Comissão da Verdade

Imagem
Foto: Marcelo Camargo/ABr A presidenta Dilma Rousseff está cobrando resultados mais concretos dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV). É o que disseram os jornais por estes dias. Na 6ª pp, (29.03), O Globo deu uma página sobre essa cobrança. A chefe do governo, que sancionou a lei de criação da CNV e indicou seus sete membros, quer uma mudança no rumo dos trabalhos, como investimento maior nos depoimentos públicos dos parentes das vítimas e ações que sensibilizem a opinião pública, segundo a imprensa. Neste um ano de funcionamento da CNV (a se completar no mês que vem) - metade já do tempo de que ela dispõe -, o caso de maior repercussão tratado por ela foi o do desaparecimento (assassinato confirmado) do ex-deputado Rubens Paiva, ao qual a Comissão não trouxe grandes novidades. Tudo praticamente já tinha sido apurado pela imprensa e pela família. O fato que agitou o caso Rubens Paiva, o surgimento de documentos provando que ele morreu no DOI-CODI-Rio e nomes