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Mostrando postagens de maio, 2014

Memória e Mobilização Indígena

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Mobilizar a memória perigosa. Lutar sabia e tenazmente contra todas as tentativas de suprimir direitos constitucionais. Dizer um enfático basta às violências e violações dos direitos dos povos indígenas e outras populações oprimidas. Nesse contexto realizou-se em Brasília a reunião da Comissão Indígena da Verdade e Justiça. Esse é um dos espaços de luta do movimento indígena e aliados para fazer frente à avalanche de iniciativas que visam retirar direitos constitucionais e consuetudinários desses povos, articulados pelas ruralistas e o agronegócio com a complacência e anuência tácita do governo. O objetivo maior da Comissão Indígena é que se faça justiça através da reparação coletiva e individual pelos crimes perpetrados contra os povos indígenas com a participação direta de entes do Estado ou pela omissão do mesmo. O Ministério Público Federal, que participou da reunião, constituiu um grupo de trabalho que já está trabalhando em alguns casos. Hoje como ontem

Dom Tomás Balduino

No dia 2 de maio, morreu D. Tomás Balduino, um dos grandes baluartes da luta dos povos indígenas, da transformação da política indigenista da Igreja a partir da criação do CIMI em 1972 e da luta dos pequenos agricultores pela terra como um dos fundadores da Comissão Pastoral da Terra – CPT, em 1975. Sempre me senti feliz por ter tido a oportunidade de poder compartilhar, lado a lado com Dom Tomás, revezes, esperanças e vitórias da luta indígena, desde o dia da criação do CIMI e em todo o período em que fui Secretario Executivo da entidade – 1973-1980. Lembranças de dezenas de encontros, cursos e assembleias com missionári@s e índi@s de norte a sul do país. Guardo a memória de inúmeros e inesquecíveis enfrentamentos e represálias da Ditadura Militar: Em 1974, Palmas/Paraná, cercados pela Polícia Federal, D.Tomás com altivez, junto com D. Agostinho, enfrentaram os policiais na portaria, discutindo e retendo-os enquanto nos fundos queimávamos relatórios e vestígios do Encontro de

Dom Tomás Balduino

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Bauduíno e Casaldáliga, Foto Eliana Lucena. Morreu D. Tomás Balduino, um dos grandes baluartes da luta dos povos indígenas e da transformação da política indigenista da Igreja a partir da criação do CIMI em 1972.  Sempre me senti feliz por ter tido a felicidade de poder compartilhar, lado a lado com Dom Tomás, revezes, esperanças e vitórias da luta indígena, desde o dia da criação do CIMI e em todo o período em que fui Secretario Executivo – 1773-1980 da entidade.  Lembranças incríveis e inesquecíveis: enfrentamentos e represálias da Ditadura Militar, solidariedade aos povos indígenas dos Guarani e Kaingang do Sul, à Raposa Serra do Sol dos Makuxi, Taurepang, Wapixana e Ingarikó de Roraima. Dos Rikbaksa do Juruena aos Munduruku do Alto Tapajoz. Dos Bororo e Xavante aos Fulniô e Xukuru do Nordeste. Dos Tapirapé aos Terena e Kaiowá-Gaurani, por toda a parte estava D.Tomás, naqueles difíceis anos 70, junto e presente, dando coragem, animando a persistência de índios, missioná