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Mostrando postagens de junho, 2011

2000 Waimiri-Atroari Disappeared During the Military Dictatorship

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Why did Kamña kill Kiña?  In June of 1985, sitting in the company of two of the Waimiri-Atoari or Kiña people on the sidewalk in front of the FUNAI building in Brasilia, one of them asked point blank, “What exactly did the civilized people throw down from the airplane that burned our bodies from the inside?”  Later when Doroti and I were conducting classes and the people had confidence in us, similar questions emerged, “Why did the Kamña (civilized people) kill the Kiña?” “What did the Kamña throw from the airplane that killed the Kiña?” The Kamña threw kawuni (from above, from the airplane) something, like a powder that burns the throat and the Kiña died soon after.” “Apiyemeyekî?” (Why?). Initially we tried to avoid their curiosity about these issues, knowing the liability of FUNAI (Brazilian National Indian Foundation) and the Armed Forces, those solely responsible for the fate of these people.  A sentence composed by one of our students, Damxiri, read: “Apapeme yinpa Wanakta yima

MUDANÇA À VISTA?

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A esquerda produção da agricultura familiar na comunidade Terra Santa. A direita desmatamento recente para pasto na fazenda Cristo Rei. junho de 2011. Foto: Leandro Dutra e André Zumak. Dia 2 de junho de 2011, quinta-feira, o Sr. Luiz Barbosa da Diretoria da comunidade Terra Santa, me trouxe um mandado de despejo contra a comunidade, ordenado pelo Juiz da comarca de Rio Preto da Eva/Amazonas, Dr. Róger Paz de Almeida. O Pres. da Comunidade, Sr. Waldomiro Machado, já se encontrava em Manaus articulando a defesa da comunidade diante das freqüentes ameaças de despejo. Foi pelo meio dia que encaminhei um pedido de intervenção contra o crime de despejo ao Desembargador da Ouvidoria Agrária Nacional, Dr. Gercino José da Silva Filho. Duas horas depois a Ouvidoria já reunida me solicitou o teor do mandado do juiz. E sem demora saiu o comunicado “urgentíssimo” do Ouvidor Agrário Nacional pedindo ao Juiz Dr. Roger o “não cumprimento do mandado de reintegração de posse”. À noite o próprio Deleg

Criação de Abelhas do Gênero Frieseomelitta

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As abelhas do gênero Frieseomelitta são nativas do continente americano, ocorrendo espécies por todo o território brasileiro. Em geral são abelhas muito pequenas. Pertencem a subfamília dos Meliponinae. São ainda pouco cultivadas, porém de mel saboroso e grande importância ecológica. Além disto, não exigem grandes esforços em seu cultivo. Diversas espécies são popularmente conhecidas e alguns nomes são genéricos, designando diversas espécies: moça-branca (Amazonas), marmelada (Centro-oeste), püyeiwanö (Tiriyó - PA), etc. Trazem traços bem característicos como corbícula (estrutura da pata posterior que serve ao transporte de pólen) proporcionalmente muito grande. A entrada do ninho permite a passagem de uma ou duas abelhas por vez. Logo após a entrada segue um túnel de cerume (mistura de cera e própolis) que, sem exceção, leva ao local onde é depositado o alimento da colméia (mel e pólen). Em algumas espécies o túnel chega a vinte centímetros de comprimento. Diferente da grande m

Conflitos Fundiários Preocupam Vereadores da Câmara Municipal de Presidente Figueiredo

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O Município de Presidente Figueiredo/AM vivencia um aumento dos conflitos fundiários devido à chegada de pessoas portando títulos de terras situadas em áreas ocupadas por centenas de agricultores familiares. Em seção realizada no dia três de Junho de 2011 vereadores da Câmara Municipal de Presidente Figueiredo expressaram preocupação com o tema e a necessidade de uma urgente intervenção. O assunto veio à tona depois que foi expedida ordem de reintegração de posse contra a comunidade Terra Santa e em favor de um latifundiário por nome João Brandão, que possui um título de propriedade de uma grande extensão de terras onde vivem a mais de uma década dezenas de agricultores familiares. O vereador Miguel Leopoldo – PT, falou que o “Seu Valdomiro [que esteve presente na seção da Câmara Municipal], presidente da comunidade Terra Santa, está quase que foragido, amedrontado pelas situações que tem ocorrido na comunidade”. O Vereador Simão Pacheco – PL adverte que “essa questão, esta se dando at

Vida e Histórias de Doroti Schwade: Texto 8

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Observação: Este texto foi escrito por Doroti por ocasião dos festejos de 20 anos do CIMI-Conselho Indigenista Missionário, em 1992. Dorô acreditava profundamente no trabalho voluntário, com compromisso e alegria, como único caminho de verdadeira transformação do mundo no caminho das "Economias do Bem Viver". Política Salarial para o CIMI Gostaríamos de acentuar a palavra política, pois é nela que se concretiza nossa ideologia. Também no econômico... O assunto salário para nós é escabroso em si mesmo pois ele nos pega diretamente no conceito de produção “produzo, portanto, mereço salário”. “Produzo evangelização”, “produzo luta”. Nada mais ridículo... Doutro lado estamos ao lado do povo que luta por melhores condições de vida e, parece, não sei se estas “melhores condições de vida”passam pelos salários. Mesmo na luta operária não deveria ficar por aí... Qualidade de Vida não é produto de prateleira de supermercado... Gostaria que pensássemos muito mais em fraternidade, p

Grilagem, Conflitos e Injustiça no Interior do Amazonas

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Ontem, acompanhado de cinco policiais, o Sr. João Gomes Brandão percorreu a comunidade Terra Santa, no Km 152 da BR-174, entregando um mandado de reintegração de posse expedido pelo juiz Roger Luiz Paz de Almeida da comarca de Rio Preto da Eva. O texto do mandado de reintegração determina a expulsão das pessoas que se encontram dentro de terras pretensamente de propriedade do Sr. Brandão. Ora, as pessoas a que se refere o documento são agricultores familiares que há 11 anos ganham a sua vida ali. Este senhor, João Bradão, chegou a esta comunidade como mero posseiro a cerca de sete anos, como informado pelos demais moradores da comunidade Terra Santa. Posteriormente, este senhor adquiriu um “título da terra” em que se localizam os lotes de vários agricultores familiares. Este título faz parte de uma série de outros expedidos de forma totalmente ilegal em favor de grileiros paulistas. A localização destas terras é na região de Pres. Figueiredo, e já foram considerados ilegais pelo Min