Foguetes (sem)Vergonha e o Festival do Tira e Põe
Escutam-se foguetes na cidade de Presidente Figueiredo desde a sexta-feira, 15 de janeiro, quando foi cassado o prefeito Fernando Vieira por crime de abuso do poder econômico e compra de voto. Não foi a primeira vez que Fernando teve o mandato casado por crime eleitoral. Os primeiros foguetes que se ouviu foram de partidários de Romeiro Mendonça, segundo colocado nas eleições e quem deveria assumir. Romeiro é o mesmo que foi preso na “Operação Albatroz”, deflagrada pela policia federal a cerca de seis anos atrás. Romeiro e seus comparsas desviaram milhões dos cofres do município e mesmo assim foi logo libertado e novamente se candidatou ao cargo de prefeito de Presidente Figueiredo, tendo ficado em segundo lugar nas últimas eleições. Lembro-me que logo após ter sido solto e saído da prefeitura, o comentário que corria na cidade era de que Romeiro teria ganhado de consolação um bom cargo do então governador Eduardo Braga. Pode-se até desconfiar que Braga queria aproveitar sua experiência em desviar verbas públicas. Portanto, estes primeiros foguetes eram pela indicação de trocar o “sujo pelo muito mal lavado”.
Na segundo os foguetes já eram pela liminar que reconduz Fernando a Prefeitura. Portanto pela decisão de mais uma vez, como é praxe no município e no Estado, relevar os crimes de corrupção eleitoral para continuar com as demais categorias de corrupção.
O Judiciário garante a festa! Fala-se, e não a bocas pequenas, mas em alto e bom som, que cada uma das decisões custa entorno de R$ 200.000,00 a R$ 300.000,00. “Pobrezinho dos funcionários do judiciário, ganham tão pouquinho que precisam ficar brincado de decidir a vida do povo num tira e põe de prefeitos!!!”. No Amazonas, se não me engano, quase um terço dos municípios estão nesta brincadeira de “tira e põe”.
É uma vergonha, mas tem que ser dito, não é mais o Boi Bumba nem o Forro, o que agita a galera é o tira e põe. E o animador e o Judiciário.
a galera gosta mesmo é do auê
ResponderExcluir:/
Essa é a nossa justiça que falha mas não tarda. Somente uma mobilização popular para fazer frente a um absurdo desses.
ResponderExcluirSaudações aos que tem coragem!
Abraços.