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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Assim Você Me Mata

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Queridos amigos de Presidente Figueiredo a cerca de três anos a população desta cidade vem passando por um problema ambiental e de saúde pública. Todas as manhãs os carros coletores de lixo de uma empresa a serviço da prefeitura percorrem a cidade recolhendo o lixo das residências e do hospital, e ao passarem pela cidade, especialmente nas esquinas e locais onde os mesmos sobem ladeiras, deixam para trás um rastro de churume espalhando um terrível mau cheiro por toda a cidade. Por morar em uma área de grande circulação destes veículos, minha família vem constantemente sofrendo com este problema, além disto, chega a ser vergonhoso para nós recebermos amigos e turistas em nossa casa, em meio a esta fedentina. Cansados de contatar a prefeitura e a secretaria de meio ambiente sobre este assunto, resolvemos tornar pública a nossa indignação com esta asquerosa empresa de coleta, aproveitando também para fazer um alerta ‘a população, pois todos sabem muito bem quem são os proprietários da mes

Y-Juca-Pirama*

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Contexto - A Distribuição   “Egydio tome aí, o Moura acaba de ser preso!” – sem sair do ônibus, voltei ao meu assento no ônibus Brasília - São Paulo. Foi na rodoviária de Goiânia, em inícios de 1974. Antônio Moura foi quem controlava a “central” de distribuição do Y-Juca-Pirama em Goiânia. Poucos além de D.Tomás e Moura sabiam sequer onde o documento fora impresso. Antes de sair de Brasília eu telefonara para o Moura solicitando dois pacotes de “material escolar” (era a senha do Y-Juca-Pirama). Eu me dirigia ao Sul do Brasil e na rodoviária de Goiânia Moura me entregaria o pacote. O ônibus Brasília - São Paulo fazia ali uma parada para embarque de passageiros. Naquele dia, enquanto Moura e Júlia, uma destemida agente de pastoral da Diocese de Goiás, esperavam a chegada do ônibus proveniente de Brasília, Moura recebeu voz de prisão. Com grande presença de espírito, no que sempre foi um mestre, passou discretamente o pacote do Y-Juca-Pirama, para as mãos de Júlia, como quem livra

RORAIMA INDIGENA – 1976 (Parte 5)*

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Estorvo do Progresso Outra constante no relacionamento branco-índio foi a do índio ter sido considerado “empecilho ao progresso do branco”. A história mais marcada neste sentido tem sido a dos Waimiri-Atroari. O progresso para o branco coincide com o progresso do capitalismo, com a construção das ruas e edifícios Boa Vista, com a construção de pontes e estradas, com a construção de ginásios e de palácios oficiais, com a construção de aeroportos e rádios. Tudo o mais, quando não explicitamente, pelo menos implicitamente, é atraso. Assim escreve o branco de Roraima: “Os povos, tal qual um indivíduo isolado, têm as sua infância e maturidade. Sabemos que em pontos mais afastados como na região do alto Catrimani, ainda existem silvícolas vivendo a idade da pedra, porem, nos meios civilizados, devido à condição de Território Federal, ligado diretamente ao poder central da República, o comportamento do nosso povo alcança posição de destaque no setor educacional”(ReR,pg.37). O “civilizado”

FUNAI Sabia da Crueldade dos Militares: consciências abafadas e reprimidas

2000 Waimiri-Atroari Desaparecidos Durante a Ditadura Militar – Texto 5 Durante a construção da BR-174, todas as pessoas da FUNAI que tiveram alguma autoridade e atuação nesta região, sabiam da crueldade dos militares contra os índios Waimiri-Atroari. Quando não integraram diretamente a ação dos militares, se omitiram. Alguns participaram de reuniões com os militares, onde foi decidido o uso de violência e até de armas de fogo para reprimir os índios. Outros tiveram em mãos documentos oficiais elaborados de comum acordo entre a FUNAI e o Exército, que determinavam a repressão violenta contra os Waimiri-Atroari e os mantiveram sob sigilo até que a resistência dos índios estava aniquilada. Além de esconderem da opinião pública esses documentos ajudaram a manter os jornalistas, os pesquisadores e o movimento popular, principalmente o CIMI que denunciavam as atrocidades do governo, distantes dos acontecimentos. Os funcionários que tentaram abrir o jogo, como Apoena Meirelles, não permanece