Denúncia do FOIRN: Garimpo no Cauaburis

 Em primeiro lugar todo o meu apoio e da Casa da Cultura do Urubuí a FOIRN, frente a esta denúncia tão grave. E meus parabéns por manter a sociedade e os órgãos públicos em constante alerta, diante desta permanente ameaça ao patrimônio dos povos indígenas e a um ambiente saudável para todos. Um benefício a toda a humanidade.

Considero também o encaminhamento feito ao Ministério Público Federal, o melhor que podia ser feito. Trata-se de fato de um dos raros órgãos públicos sensíveis e solidários com esta causa indígena e da humanidade.

A ação denunciada demonstra mais uma vez a insensibilidade dos empresários de mineração. A falta absoluta de bom senso, de consciência frente ao grito da humanidade contra este tipo de atividade. Os produtos químicos usados para detectar o ouro, são altamente poluentes e catastróficos para a vida animal de nossos rios. E em se tratando de uma atividade em aguas que abastecem dezenas de comunidades, várias cidades, incluindo Manaus a ação é extremamente irresponsável.

Não tem outra atitude a ser tomada do que unir o movimento popular, se juntar a este grito e alerta da FOIRN, unir gente e forças para acompanhar o Ministério Publico Federal. Ir ao local. Destruir os equipamentos que ali funcionam à revelia do bom senso e das leis do país.

Prefeituras, governos e deputados favoráveis a este tipo de saque mineral que não favorece em nada a população local e regional, merecem a execração pública a nível regional, nacional e internacional, como inimigos da humanidade. É sabido e já demonstrado exaustivamente, por pesquisadores, institutos e entidades oficiais e da sociedade civil, que o minério que vem sendo hoje explorado em terras da União, poluindo as águas e depredando territórios indígenas, está sendo comercializado no mercado negro, nacional e mundial.

O que a FOIRN está fazendo com relação às atividades no Cauaburis é acordar a sociedade brasileira frente a todo este problema maior que já se tornou visível em calamidades de repercussão nacional e internacional com centenas de vítimas, basta citar: Mariana e Brumadinho em Minas Gerais.

Sobre o  funcionamento e legislação para emissão de licença para as dragas, é melhor consultar o Ministério Público.

25 de abril de 2021,

Egydio Schwade

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