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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

Rezar por quem?

Dia 13 de março de 2016, domingo, no final da missa, o padre pediu orações pelo sucesso dos manifestantes daquele domingo, segundo ele, “foram às ruas para combater a corrupção”. Infelizmente não foi a corrupção que moveu esses manifestantes, mas um golpe para afastar do cenário nacional o Partido dos Trabalhadores, o único que até hoje combateu efetivamente a corrupção em nosso país. Para provar que a corrupção era galopante antes dos dois governos do PT, não precisa ir longe. É só adentrar a História e a pré-história do nosso município nesta BR-174. A construção da BR-174, durante o governo da ditadura militar, originou o município de Presidente Figueiredo e também a paróquia dos Santos Mártires e Nossa Senhora Aparecida, assim denominada pelo bispo D. Jorge Marskell, em memória ao genocídio dos índios Waimiri-Atroari, cometido pelo governo durante a construção da rodovia. Nem haviam matado todos os índios, quando o mesmo governo ditatorial entregou grande parte do territóri

Relatório alerta para as consequências da extinção de polinizadores

Um número crescente de espécies de animais polinizadores está ameaçado de extinção em todo o mundo em decorrência de fatores como mudança no uso da terra, uso indiscriminado de pesticidas e  alterações climáticas. A reportagem é de Karina Toledo, publicada por Agência FAPESP, 01-03-2016. Caso não sejam adotadas medidas para reverter o quadro, as consequências para a economia global, a produção de alimentos, o equilíbrio dos ecossistemas e a saúde e o bem-estar humanos poderão ser desastrosas. O alerta foi feito por especialistas da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos(IPBES) no relatório “Polinização, polinizadores e produção de alimentos”, divulgado hoje durante a 4ª Sessão Plenária da IPBES, em Kuala Lumpur, na Malásia. O processo de elaboração do documento foi coordenado ao longo dos últimos dois anos pelo britânico Simon G. Potts, professor da Universidade de Readings, no Reino Unido, e pela brasileira Vera Lucia Imperatriz Fonsec

Quando a cidade é o campo

José Aldemir de Oliveira Professor da Universidade Federal do Amazonas É difícil não ser contaminado, nestes tempos sombrios, pelas ações, ou tentativas  delas, do desgoverno federal que se implantou com o golpe. É a escolha do ministro do STF, embora neste caso o escolhido esteja à altura (bem pequeno) tanto de quem escolhe como a que se destina. É a reforma do ensino médio recém sancionada que reserva papel secundário a várias áreas do conhecimento, em especial à Geografia, um saber fundamental para a compreensão dos problemas contemporâneos. É a tentativa de blindar ministros e políticos, e a mais recente, a reação do coronel freire inquilino do ministério da cultura, ao discurso do escritor Raduan Nassar. Muitas vozes não calaram e outras estão se levantando por ainda acreditarem que uma sociedade organizada é o primeiro passo na garantia da democracia e que esta não pode se resumir aos primados das maiorias eventuais, especialmente quando são construídas a partir de mei

MEIO AMBIENTE E GRILAGEM DE TERRAS NA AMAZONIA

É preciso que a gente conte e reconte os fatos que levam à corrupção e à violência na Amazônia, talvez um dia se afaste o poder que os cria e mantém. Em 1967 a Ditadura Militar criou a Lei dos Incentivos Fiscais. Uma de suas consequências foi a organização de gruposespecializados em grilagem de terras da Região Amazônica. Sobrevoavam vastas regiões, geralmente terras indígenas e as “demarcavam” em lotes de 3.000 há. Era o máximo que uma firma ou indivíduo podia se reservar, por lei, para aplicar os impostos que devia ao povo brasileiro. Foi assim que surgiu a chamada “grilagem paulista”, porque em boa parte os beneficiários eram industriais ou comerciantes sulistas, em sua maioria, paulistas, interessados em sonegar os impostos. De fato, mais de 90% sequer chegou a visitar o seu lote. Só neste Município de Presidente Figueiredo, onde resido, o Governo do Estado registrou em 1971, 266 lotes de 3.000 ha. cada, para “paulistas”. Sobre um destes lotes formou-se, em 1999 uma comu