O Golpe Militar na Amazônia
Para o historiador, professor e escritor José Ribamar Bessa Freire, o missionário Egydio Schwade e Doroti, a companheira dele que morreu em 2010, e com quem teve cinco filhos, são os “semeadores de alternativa para a soberania dos povos da Amazônia”. Quando se busca a história de Egydio os recortes traduzem exatamente a figura do semeador e de um homem tenaz. Aos 77 anos, recebeu, no ano passado, a tarefa de coordenar no Amazonas, o Comitê Estadual do Direito à Verdade, Memória e Justiça e, nesse espaço, procurou chamar a atenção local, nacional e internacional a uma questão esquecida: que Justiça será feita sobre os indígenas desaparecidos ou mortos durante a ditadura militar no Brasil. Fundador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Egydio elaborou, em parceria com o padre Antonio Iasi Jr., da ordem Jesuíta, as primeiras ações do Cimi, no ano de 1972, e foi o primeiro secretário-executivo da organização e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Filosofo e teólog