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Mostrando postagens de março, 2013

Jesus não era um Suicida

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“Jesus não era um suicida”, assim me falou uma vez minha mãe, Doroti Alice Müller Schwade. Ela falava isso porque sentia que as pessoas colocavam a morte de Jesus como algo que simplesmente tinha que acontecer e que por si só resolvia o problema do mundo, acabava com o pecado. Que depois disso o mundo estava automaticamente “salvo”. O que ficou em minha consciência com os dizeres dela foi que Jesus não fez o que fez para morrer. Ele sabia que ia morrer, e enfrentou isso. Mas sabia que ia morrer porque as pessoas tinham medo de denunciar e se contrapor à violência, as injustiças, a opressão, a dominação de uns sobre os outros, as ações que levam ao sofrimento dos outros. Nestas condições, a última esperança era que as pessoas, ao tomar consciência que um inocente morreu por sua covardia, e que este inocente morreu por manter até o fim sua luta e sua denúncia às agressões cometidas contra o próprio povo, batessem no peito, se envergonhasse de suas ações que levam ao sofrimento do

Censurado por 17 anos, Historiador Quebra Silêncio sobre Matança de Indígenas no Acre

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Entrevista com Carlos Alberto Alves de Souza Altino Machado – Blog da Amazônia O historiador e professor Carlos Alberto Alves de Souza, acaba de lançar em Rio Branco a revistaPontos de Educação. Durante 17 anos, ele enfrentou um processo que se revelou escandaloso na Justiça estadual por causa do livro didático “História do Acre”, editado em 1992 pela M.M. Paim. Por força de uma decisão liminar da juíza Maria Cezarinete, atual desembargadora e vice-presidente do Tribunal de Justiça, quatro mil exemplares da obra foram apreendidos e o julgamento do mérito protelado por quase duas décadas. O polêmico trecho do livro teve origem em reportagem deste blogueiro, publicada em 1983 na imprensa do Acre, dando conta que o coronel de barranco Mâncio Lima (1875-1950), tratado como herói pela história oficial, havia se valido de correrias -matança organizada de índios- e do trabalho escravo da etnia poyanáwa para transformar a fazenda Barão, no extremo-oeste do país, em modelo d

De Pedro do Araguaia para o Pedro de Roma

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Originalmente publicado por Instituto Humanitas Unicinos . Em 05 de março de 2013 O manifesto assinado por 2 mil teólogos da libertação, entre eles d. Pedro Casaldáliga, Leonardo Boff e Jon Sobrino, pede ao futuro Papa, quem quer que venha a ser, que considere como prioritária a expectativa dos católicos por uma Igreja aberta para as mudanças exigidas pelo mundo contemporâneo. Casaldáliga ainda enviou um poema ao papa emérito Bento XVI.  A reportagem é de Dermi Azevedo e publicada pelo Brasil de Fato, 04-03-2013. Fonte da Imagem: CNBB Pela primeira vez na história da Igreja Católica, os cardeais eleitores do Papa recebem, de um bispo, um poema. O autor da poesia é o bispo emérito de São Félix do Araguaia/MT, o religioso catalão d. Pedro Casaldáliga, um dos representantes mais expressivos da Teologia da Libertação.  O texto foi também enviado ao papa emérito Bento XVI. Paralelamente, d. Pedro assinou na semana passada um manifesto de 2 mil teólogos da libertaç

Proposta para o Aprofundamento das Investigações sobre o Genocídio dos Waimiri-Atroari*

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*Nota do Comitê pela Verdade memória e Justiça do Amazonas. Fonte da Imagem: CVMJ - AM Em sua última reunião ordinária, realizada no dia 25 de fevereiro, 2ª-feira, na Sede do Sindicato dos Jornalistas em Manaus, presentes representantes de 12 entidades, o Comitê da VMJ do Amazonas, preocupado com a lentidão do andamento das investigações sobre o caso Waimiri-Atroari, formulou o seguinte documento: No início de 1985 quando se vislumbrava novos tempos para o país, com a queda da Ditadura Militar, o então presidente da FUNAI, Gerson da Silva Alves, atendendo a reivindicação de diversos grupos (funcionários da FUNAI, acadêmicos, professores de universidades, advogados, pessoas ligadas aos movimentos populares e conhecedores da dolorosa situação a que os Waimiri-Atroari foram relegados durante a Ditadura), criou um Grupo de Estudos e de Trabalho – GT (ver anexo) que serviu em seguida de base para um grupo de ação que iniciou uma nova postura e relacionamento com este povo. Dura

Comitê da Verdade do Amazonas Pressiona para que Investigação de Crimes Contra Waimiri-Atroari Sejam Iniciadas

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Segundo relatório do CVMJ enviado para a Comissão Nacional da Verdade, aproximadamente dois mil indígenas no Amazonas foram mortos durante ditadura militar Por Elaíze Farias Originalmente publicado em  ACrítica Preocupada com as dificuldades que a Comissão Nacional da Verdade (CNV) vem encontrando para iniciar as investigações de crimes praticados contra os índios waimiri-atroari durante a ditadura militar, o Comitê da Verdade, Memória e Justiça (CVMJ) do Amazonas vai marcar uma ampla reunião em Brasília para discutir o assunto. A decisão foi tomada na semana passada pelo Comitê. A data da reunião ainda não foi marcada. Um documento expondo as razões da decisão foi enviado no último final de semana a Maria Rita Kehl, membro do CNV designada para investigar as violações contra os povos indígenas durante a ditadura militar. Uma cópia também foi encaminhada para o portal acrítica.com. A proposta do CVMJ é que as lideranças waimiriaAtroari, Mário Paruwe At