Jesus não era um Suicida
“Jesus não era um suicida”, assim me falou uma vez minha mãe, Doroti Alice Müller Schwade. Ela falava isso porque sentia que as pessoas colocavam a morte de Jesus como algo que simplesmente tinha que acontecer e que por si só resolvia o problema do mundo, acabava com o pecado. Que depois disso o mundo estava automaticamente “salvo”. O que ficou em minha consciência com os dizeres dela foi que Jesus não fez o que fez para morrer. Ele sabia que ia morrer, e enfrentou isso. Mas sabia que ia morrer porque as pessoas tinham medo de denunciar e se contrapor à violência, as injustiças, a opressão, a dominação de uns sobre os outros, as ações que levam ao sofrimento dos outros. Nestas condições, a última esperança era que as pessoas, ao tomar consciência que um inocente morreu por sua covardia, e que este inocente morreu por manter até o fim sua luta e sua denúncia às agressões cometidas contra o próprio povo, batessem no peito, se envergonhasse de suas ações que levam ao sofrimento do