A Amazônia não comemora regime genocida
Uma das principais marcas das ditaduras no mundo é a política genocida. Com a ditadura militar instalada no Brasil em 1964 não foi diferente. Ela deixou marcas profundas na Amazônia. A mais terrível dessas marcas foi o genocídio cometido contra povos indígenas. Percebendo a necessidade de revelar essa história da ditadura militar no Brasil, para que nunca mais se repita, o Comitê Estadual de Direito à Verdade, à Memória e à Justiça do Amazonas pesquisou e publicou um relatório sobre o genocídio cometido contra o povo Waimiri-Atroari. Durante a construção da BR-174, os Waimiri-Atroari foram trucidados. Com uso do aparato militar disponível na época, o povo Waimiri-Atroari sofreu massacres que o reduziu a apenas 332 pessoas, a maioria jovens e crianças. Esse senso realizado em 1982, pelo pesquisador Stephen Baines, corresponde a somente 13% do que as estimativas oficiais da FUNAI indicavam no início dos trabalhos de construção da rodovia. Para entender o que ocorreu naquel