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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Livro sobre genocídio Waimiri-Atroari é Lançado

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Por Renato Santana, Assessoria de Comunicação - Cimi A editora Curt Nimuendajú acaba de lançar mais uma obra que já nasce clássica para a historicidade Ameríndia e chega aos leitores cumprindo dois papeis: o primeiro de passar a limpo a história recente dos povos indígenas; o segundo de denunciar um dos mais atrozes massacres promovidos pela ditadura militar (1964-1985): o assassinato de 2 mil Waimiri-Atroari, entre 1972 e 1977, para fins da abertura da BR-174, ligação entre Manaus (AM) e Boa Vista (RR). No escopo dos trabalhos do Comitê Estadual de Direito à Verdade, à Memória e à Justiça do Amazonas, A Ditadura Militar e o Genocídio do Povo Waimiri-Atroari: por que kamña matou kiña? é fruto da pesquisa que fundamentou o 1º Relatório deste Comitê Estadual de Direito à Verdade, à Memória e à Justiça do Amazonas. Tal como em As Veias Abertas da América Latina , de Eduardo Galeano, o livro relata em detalhes, com base em farta documentação e literatura indigenista, como os mil

Sobre o Relatório da Comissão Nacional da Verdade e Povos Indígenas

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O relatório final da CNV em parte é uma vitória dos movimentos sociais, particularmente dos movimentos que puseram em discussão a questão indígena. Ele ratifica o que os movimentos indígenas e comitês locais já apontavam: os povos indígenas são as maiores vítimas da ditadura militar no Brasil e somam ao menos 8.350 mortos. E mais, o relatório reafirma que são mortos e desaparecidos políticos, pois lutavam para gerir aut onomamente seus territórios. É também muito feliz a colocação de que o Estado Brasileiro deve garantir a reparação, especialmente devolvendo os territórios invadidos pela grilagem de terras. Por outro lado, o relatório é uma radiografia fiel dos preconceitos que atravessam ditaduras, democracias e governos populares. O exemplo mais infeliz disso está na página 684 do relatório, quando se discute a guerrilha do Araguaia. Ali se lê, com todas as letras, o seguinte:           “prevaleciam na região as zonas de mata fechada e as áreas ainda inexploradas pela